De acordo com a Sociedade americana de menopausa, 40% das mulheres pós menopausadas apresentam sintomas como atrofia vaginal que levam ao ressecamento, prurido vulvar, sensação de queimação e dispareunia (sensação de dor durante o ato sexual). As mulheres que se encontram nessa fase também estão mais susceptíveis ao desenvolvimento de infecções no trato geriturinário, que pode estra relacionada a uma diminuição na produção de ácido lático com consequente alteração no microbioma vaginal.
A diminuição tanto na quantidade de receptores quanto dos hormônio estrogênicos é considerada como a mais importante causa destes sintomas. A reposição de estrogênios leva ao aumento da reepitelização to tecido, vascularização e secreção vaginal, e seu uso é considerado a terapia oura para manejo dos desconfortos relatados por mulheres na pós menopausa. (Cavallini et al. 2008)
Aloe barbadensis miller, (Aloe Vera) é uma planta originária do norte da África e é reconhecida pelo grande potencial medicinal, que na verdade está relacionado aos 75 constituintes com potencial terapêutico. Formulações contendo o extrato desta planta possuem vasta literatura científica. Entre todo potencial se destacam os benefícios relacionados ao reparo tecidual. Athernton, 1997 observou o aumento expressivo da quantidade de colágeno depositada em tecido cicatricial, aumentando a taxa de crosslink colagênico acelerando a contratura tecidual. Foi observado também o aumento dos níveis de ácido hialurônico e dermatan sulfato (Chithra et, 1998). Outros estudos observaram o potencial bactericida (Athiban et al., 2012; Ndhlala et al., 2009), antiinflamatório (Hutter et al, 1996), antioxidante e potente hidratante e anti aging (West Zhu, 2003). Alguns estudos demonstram que alguns compostos antraquinonicos presentes na Aloe vera (Emodin e Aloe emodin) possuem atividade estrogênica (Pourfarid et al 2012).
Um estudo randomizado, duplo cego e controlado por placebo recentemente publicado (Poordast et al, 2021) traz a Aloe vera como um novo e eficaz agente para tratamento da atrofia vaginal pós menopausa. Neste estudo 60 mulheres com desconfortos relacionados a atrofia vaginal foram alocadas em dois grupos, o primeiro usou uma formulação contendo 2% de extrato concentrado de Aloe vera em pó, o segundo grupo usou uma formulação comercial contendo 0,625mg por grama de estrogénos conjugados todas as noites por duas semanas e a manutenção foi feita com o uso em três noites na semana por quatro meses. Ambos os grupos revelaram um aumento significativo na proliferação celular e todos os sintomas relacionados a atrofia vaginal não havendo diferença estatística entre os grupos.
Um gel ou creme vaginal contendo 2% de extrato concentrado de aloe vera em pó emerge como alternativa segura e eficaz ao uso de estrogênos no tratamento da atrofia vaginal relacionada ao período pós menopausa.
Eu coloco o gel diretamente na minha vagina , eu vi que melhorou bastante ela era muito ressecada e sou jovem mas agora vejo fica mas lubrificada.